Encontro com a escritora Laura Pugno em Florianópolis (24/11)
“Escreve, e pensa que a consciência se expande no corpo como se fosse um fluido, um líquido, uma luz. Como se tivesse um centro e uma periferia. E se ao contrário? Se viesse das pontas extremas – os dedos, os cabelos – do corpo, não seria um líquido, uma luz?”
“Laura Pugno nos oferece um exercício de ficção especulativa, na direção das propostas de Donna Haraway para Ficar com o problema em meio à crise do Antropoceno e das ideias de Ursula K. Le Guin da necessidade de uma nova teoria da ficção, de formas de narrar não lineares para contar a história da vida em sua diversidade. Na proposta de Pugno, as palavras se fundem, tatuadas, nas pessoas, e gravam-se também em línguas não humanas na diversidade das formas de vida que restam. Essas palavras formam textos em movimento, perecíveis, mutáveis, evocados (entre eles destaca O último dos moicanos, de James Cooper), que constituem o alicerce plural de um livro que ensaia múltiplas direções para o pensamento em alerta. Aqui se reúnem fragmentos de livros, rastros, citações de cientistas e poetas, como se fossem quipus, isto é, conjuntos de nós que guardam informação e sentido, aos quais a nova leitura (anacrônica, imprevista) confere clarividência. Um desejo apaixonado guia a reflexão: pensar o limite, pensar até o além, como na poesia, para superar as fronteiras do nosso mundo em desaparição, nós sem mundo: “encontrar um modo para pensar num outro modo como viver. Alguma coisa que ainda não tenha sido pensada. Pode fazer isso a poesia? Pode fazer isso a literatura?” – Meritxell Hernando Marsal
Em Florianópolis:
24/11/25, às 9h, na Sala Machado de Assis, CCE, UFSC
24/11/25, às 17h, Círculo Ítalo-Brasileiro, Praça XV de novembro, 340
Confira as datas e a programação completa:







