Jornada Literatura arte e pensamento italiano: relações com o fora

12/04/2019 09:59

Jornada Literatura arte e pensamento italiano: relações com o fora

Sala Machado de Assis – CCE

14h- Apresentação do Projeto Escola de Altos Estudos – CAPES

15h – Mesa- redonda: Outras margens e atravessamentos

Resumo: Na tela apresentada no MASC por Fernando Lindote, em razão do 6º Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas 2017-2018, intitulada DO QUE É IMPOSSÍVEL CONTER, DEPOISANTES (óleo sobre tela, 2018, 200 x 300 cm), há uma questão temporal que permite estabelecer uma relação com a noção de
contemporâneo em Giorgio Agamben que pode ser assim formulada: do que falamos qdo dizemos arte contemporânea?

Resumo: Há muito já dito do que de Giorgio Agamben  remete a Michel Foucault. Sobretudo entre os especialistas do filósofo italiano , busca-se nos conceitos, tais  como dispositivo, subjetivação, dessubjetivação, entre outros, as marcas  advindas do filósofo francês. Não quero aqui  reinventar  esta ciranda. Nem tampouco  entrar nela. Pensando um tanto de fora, quero modestamente  considerar   um vínculo , a meu ver,  marginal, para discorrer  acerca do que no pensamento de Giorgio Agamben espelha  ou refrata o de Michel Foucault. Contendando-me  em  permanecer à margem  desta brincadeira de roda pensante,  apego-me a Emile Benveniste, com a  alegria de quem encontra   sua menina  dos olhos brilhando no trânsito que leva  de Agamben a Foucault . Meu ponto de partida  é considerar  que  foi Giorgio Agamben o primeiro a  vislumbrar o parentesco entre o que diz  o linguista francês Emile Benveniste sobre o sujeito que só se faz na e pela linguagem. Pretendo que o resultado desta breve preleção  seja o de mostrar  como Agamben elucida o que em Foucault apenas  aprece como alusão,  ou seja,  a dizer, do que resta do sujeito  como ato na exterioridade  da linguagem e do discurso.

16h -Encerramento

Resumo: A falta de mediação de um Estado unitário produz, na tradição italiana, a figura de pensadores e artistas em tensão com o poder político local, de Dante e Maquiavel ou Galiléu e Campanella, até Gramsci e Gentile ou mesmo Pasolini. O pensamento italiano não é um pensamento do poder mas da resistência, o que supõe uma certa desterritorialização (Agamben, um filosofo francês que escreve em italiano?). Além das dicotomias já analisadas por Roberto Esposito, comune / immune, conflitto / neutralizazzionepotenza / potere,  minha especulação tomará como objeto a reflexão de Luciano Anceschi (1911-1995), de profunda marca em Nanni Balestrini, Edoardo Sanguineti ou Giorgio Manganelli, através de sua revista, Il Verri. A partir de Anceschi, tentarei mostrar a marca em um filósofo e um escritor. O filósofo é Enzo Melandri, responsável por uma deconstrução da metafísica e do cristianismo, não muito distante aliás do esforço teórico de Jacques Derrida ou Jean-Luc Nancy, em que a relação entre o homem e o mundo, a tal prosa do mundo perseguida por Foucault, permanece indecidível, não-unívoca e só se manifesta através dos gêneros literários, que dela dão testemunho mas traçam, simultâneamente, o limite de uma tal experiência. O escritor é J. R. Wilcock, quem, em textos esparsos dos anos 50, pensa o centro (Paris) a partir das margens (a Roma seiscentista) produzindo uma elipse barroca, em que “l´Europa, che colonizzava le Indie, era a sua volta colonizzata da loro…”, ou seja, produzindo o curioso conúbio de Le nozze di Hitler e Maria Antonieta nell’inferno.

Para maiores informações, acesse os links abaixo:

Apresentação | Equipe                Convidados | Programas            Atividades correlatas

Dialogos com o Professor José Roberto O’Shea

08/04/2019 14:03

O PPglit tem o prazer de convidar os alunos de Pós-Graduação em Literatura para  participarem dos

    Dialogos com o Professor José Roberto O’Shea:  uma conversa sobre a tradução de Manuel Bandeira do Macbeth de William Shakeakespeare

     A tradução de Manuel Bandeira encontra-se disponível em pasta separada no xerox do CCE para cópia dos alunos

Dia 28 de Maio às 14 horas  no Auditorio Henriques Fontes

Chamadas para estudos de WALTER BENJAMIN artigo e comunicação oral

08/04/2019 09:17

1) chamada para colaborações com o periódico A1 LINGUAGEM & ENSINO da UFPEL, no número temático:

Walter Benjamin: Tradução, Alegoria e história (s)
http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/announcement/view/27

2) Em breve, inscrições para o:
 III Congresso da Associação de Estudos Germanísticos

“Travessias, encontros, diálogos”
De 28 a 30/08/2019
Universidade Federal Fluminense – Campus Gragoatá
Faculdade de Letras – Niterói -RJ

Simpósio Temático:

“Walter Benjamin: modos de usar”

O Simpósio temático procura contemplar as reelaborações teóricas e críticas que a obra de Walter Benjamin ensejou nas humanidades pela fortuna do Brasil ou de outros países, questionando o caráter ao mesmo tempo prolífico e parcial de sua recepção. São bem-vindas as contribuições que se proponham a pensar a aproximação desse pensamento com a crítica da Escola de Frankfurt, as que investiguem suas reflexões teóricas no âmbito dos estudos da linguagem, as que se apliquem tanto às críticas e resenhas literárias, quanto à poesia e à prosa do escritor. Pretende focalizar o papel que adquire a linguagem na obra do autor, tendo em vista o horizonte comparativo aberto entre a língua alemã e a língua portuguesa/brasileira, incluindo portanto indagações tradutológicas, editoriais. Retoma, além disso, as relações – abordadas por ocasião do Simpósio Temático dentro do Congresso ABEG de Florianópolis – do pensamento de Benjamin com o mito, com a Antropologia. “Walter Benjamin: modos de usar” toma como ponto de partida, em especial, o conjunto de textos literários comentados por Benjamin entre os anos 1920 e 1940, evidenciando as ponderações sobre gêneros literários, as questões de estilo e os comentários de caráter filológico. Desses sentidos interessa a nossos estudos literários o modo de empreender filologia, que da letra propicie compreensão filosófica e crítica histórica. Esperamos igualmente que o Simpósio favoreça a ampliação do leque de perspectivas teóricas sobre a obra benjaminiana a diversos campos do saber, com a incorporação e o processamento de textos recentes da fortuna crítica benjaminiana de língua alemã.


Informações adicionais:

Nome(s) completo(s), instituições de ensino:
Georg Otte-UFMG; georg.otte@uol.com.br
Susana Kampff Lages-UFF; susanaklages@hotmail.com
Maria Aparecida Barbosa -UFSC; aparecidabarbosaheidermann@gmail.com

Mesa de Lançamento do Livro Imprevistos de Arribação

03/04/2019 10:00
Título : Osman Lins 90 anos: Imprevistos de Arribação
Professores Leny da Silva Gomes (UniRiter, Rio Grande do Sul)
Professora Ana Luiza Andrade (UFSC)
Rafael Dias (Filosofia, UFSC)
Cristiano Moreira (Literatura, UFSC)  Editora Papaterra Oficina Tipográfica Papel do Mato
Dia 11 de abril de 2019                   15 horas             Sala Drummond  CCE

EDITAL Prof. Visitante no Exterior – CAPES-PRINT – abril 2019

02/04/2019 14:02

Professor da UFSC estreia na ficção literária

25/03/2019 09:19

O professor Marcio Markendorf lança no dia 4 de abril, quinta-feira, a partir das 19 horas, na Fundação Cultural Badesc, sua primeira obra literária, a novela “Soy loca, Lorca, feito um chien no chão”.

Esta novela – não tomada no sentido puro do gênero, mas com hibridações – foca-se em uma personagem, como o título sugere, em diálogo com o poeta espanhol Federico García Lorca, por quem está apaixonada. Encarcerada em local ignorado, sem razão aparente, a personagem pressupõe que o cárcere pode ter sido motivado por sua loucura passional. Se o amor é sair de si, essa narradora colocou-se corpo afora – eis uma conclusão possível. Oscilando entre o delírio e a lucidez, baralhando a confissão e a ficção, a personagem escrutina os fragmentos do próprio passado afetivo, não sem atingir um ponto de virada alquímico e irreversível.

Conficcional é o adjetivo que Marcio Markendorf tomou de empréstimo para caracterizar seu primeiro trabalho. Foi o poeta e tradutor Rodrigo Garcia Lopes, referindo-se à obra de Sylvia Plath, um dos primeiros a usar o termo conficção – algo que pode ser entendido como um flerte ficcional com a confissão ou como um misto de confissão e ficção.

Assinam as orelhas do livro o escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder e a professora titular de Literatura Brasileira Tânia Regina de Oliveira Ramos. O prefácio é por conta da escritora, tradutora e ensaísta Dirce Waltrick do Amarante. O posfácio, assinado pelo poeta carioca Gabriel Resende Santos.

“[O livro é] Um poema épico, uma narrativa vertigem, onde o feminino conta um amor que nunca viu, domesticando onze mil nomes, paixões, chien e a intimidade”, Tânia Ramos

“Esta novela de Marcio Markendorf é o fiel retrato de um tempo, que bem pode ser o de agora, ou o de Lorca, ou da imagem do amor, que atravessa a vida de cada humano uma ou mais vezes na nossa existência estilhaçada”, Carlos Henrique Schroeder

“Soy loca, Lorca, feito um chien no chão é um delírio, uma espécie de carta-confissão ou “conficção”, como Markendorf se refere à sua obra, de uma personagem que se diz apaixonada pelo poeta e dramaturgo espanhol Federico García Lorca”, Dirce Waltrick Do Amarante

“Mesmo em seus momentos mais digressivos, quando suas reflexões parecem interligadas de maneira cada vez mais vaga, é curioso que a narradora esteja cristalinamente apontando sempre a mesma direção: o cerne inatingível das impossibilidades”, Gabriel Resende Santos

Às 20 horas, no espaço do lançamento, haverá uma pequena performance a partir de trechos da obra com a atriz Marina Bento.
Sobre o autor

Formado em Letras, com doutorado em Teoria da Literatura, Marcio Markendorf atua como professor no curso de Cinema e no Programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina.

Mantém desde 2005 o blog Incorrespondencias (http://incorrespondencias.blogspot.com), projeto literário epistolar inspirado em Ana Cristina Cesar. Também tem desenvolvido o projeto de microliteratura no Instagram, em parceria com o escritor Adriano Salvi, em https://www.instagram.com/microcontando/, trabalho que está entre os contemplados com o edital da Fundação Cultural de Balneário Camboriú.

Possui contos publicados nas seguintes coletâneas: “, só muda a roupa”, volume organizado por Manoel Ricardo de Lima, 2010; “Todos os livros do mundo”, organizado por Tabajara Ruas e Rozi Osterreich, 2009; e “Decálogo”, organizado por Carlos Henrique Schroeder, 2008 – todas as três publicações do SESC/Florianópolis.

Tem uma contribuição narrativa no livro “Fabulações reminiscentes”, da artista plástica Juliana Crispe, publicado pela Cultura e Barbárie em 2015.

Com Andréa Figueiredo Leão Grants e Roberta Moraes Bem, organizou a coletânea “Entre estantes e entre tantos: histórias inusitadas na biblioteca”, de 2017, publicação com selo Publicações UFSC. O livro conta com dois contos de sua autoria.
O quê: Lançamento do livro: Soy loca, Lorca, feito um chien no chão, de Marcio Markendorf
Quando: 04 de abril de 2019, a partir das 19 horas
Onde: Fundação Cultural Badesc (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro, Florianópolis)
Quanto: o exemplar do livro tem um custo de R$ 35,00